Resenhas

Triptykon - 25.05.2018 - Carioca Club, São Paulo, SP

Por Alexandre Carvalho | Em 09/06/2018 - 00:53
Fonte: Alquimia Rock Club

Fotos: Flávio Santiago

 

O dia frio na cidade de São Paulo e uma greve de caminhoneiros que abalou o Brasil todo e que gerou o atraso na entrega de diversos tipos de suprimentos pelo país, seriam fatores que poderiam atrapalhar qualquer evento, mas mesmo assim o show do Triptykon no Carioca Club teve um bom público que chegou bem em cima da hora devido ao transtorno gerado no país. Por volta das 22h30min começou uma música de fundo e algumas luzes do palco se acenderam dando a visão espetacular das imagens utilizadas do pintor e escultor suíço H.R Giger, e pontualmente às 23 horas, o show começou com uma introdução seguida de cara com o clássico “Procreation (Of The Wicked)”, pesada ao extremo e ao olhar em volta, era possível ver todos em êxtase, olhando para o palco sem piscar. A sequencia se deu com “Dethroned Emperor”, muito mais rápida do que o habitual, deixando todos estarrecidos. Após esse ataque de Celtic Frost, foi a vez de uma do Triptykon, com “Goetia”, já clássica do álbum Eparistera Daimones, onde foi apresentada a banda no melhor estilo com uma música pesada, rápida e doentia, com performance impecável dos músicos, deixando bem claro o motivo serem escolhidos. Vanja Slajh deixa qualquer baixista de boca aberta com seu peso precisão e presença de palco, sempre agitando e espancando as cordas de seu baixo sem piedade, junto com o batera Norman Lonhard, formando uma cozinha perfeita, completam a banda o guitarrista e vocalista V. Santura, que também faz a parte da voz mais gutural, dando uma perfeição incrível ao som da banda. 

 

Voltando com o repertorio do Celtic Frost com “Into the Crypts of Rays”, a banda seguiu despejando clássicos atrás de clássicos como “The Usurper”, voltando para mais uma do Triptykon, com “Altar of Deceit”, mais pesada.

 

Com bom humor, Thomas conversa e brinca com o público e faz seu tradicional ”UUHH”, imitado pelo público, lembrando que há mais de trinta anos ninguém se esquece do grito já característico em quase todas as músicas dele.

 

Após mais duas, mandam três clássicos do Hellhammer, sua primeira banda, com “Massacra”, “Reaper” e “Messiah” que já foi gravada no álbum de covers pelo nosso grandioso Sepultura. E chegando ao fim a grande Morbid Tales com seu riff arrastado e cativante num peso absurdo onde até a corda do baixo não aguentou e estourou, mas a troca de instrumento foi feita de forma bem rápida, com a banda seguindo o show sem perder o pique e fechando com “The Prolonging” do Triptykon, no mesmo estilo, pesada e arrastada, com um toque que só Thomas Gabriel consegue dar.

 

Resumindo, foi um show espetacular e histórico, podendo se dizer sem sombra de dúvidas que a demora compensou e muito para os presentes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Alexandre Carvalho

 Apenas esse ano completando 30 anos de Metal, fissurado por Vinil e Cds, também se arrisca a produzir e ajudar a fazer eventos, tudo em prol do Metal.

Vou expor um pouco da minha coleção particular e um pouco como era na época que não existia computador quanto mais Internet...




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