Resenhas

Sepultura e Claustrofobia - 27.05.2017 - Audio Club, São Paulo, SP

Por André BG | Em 28/05/2017 - 22:18
Fonte: Alquimia Rock Club

 

Após turnês bem sucedidas na Europa ao lado de Kreator e Soilwork e na América do Norte ao lado de Testament e Prong, eis que o Sepultura chega a São Paulo com a turnê do aclamado álbum Machine Messiah, com um show devastador, tendo o Claustrofobia como banda convidada para uma Audio Club mais uma vez completamente lotada.

 

Pontualmente às 23 horas o Claustrofobia subiu ao palco com a casa já bem cheia para ver a banda, que divulga seu mais recente álbum Download Hatred. Com seus mais de 20 anos de estrada, e sendo um dos nomes mais respeitadas do Thrash Metal nacional, a banda não fez apenas uma simples abertura de show, tocando um set list de quase uma hora, tocando músicas do mais recente álbum como “Generalized World Infection” e “Paulada”, mescladas a temas já bem conhecidos do público como “Bastardos do Brasil”, “Caosfera” e “Pino da Granada“, que agitaram o publico presente mesmo com algumas falhas no som que se repetiram em alguns momentos da apresentação, mas nada que uma banda já bem madura e querida pelo público como o Claustrofobia não conseguisse tirar de letra.

 

A apresentação seguiu a todo vapor com o quarteto atualmente formado por Marcus D’Angelo (guitarra/vocal) Caio D’Angelo (bateria), Daniel Bonfogo (baixo/backing vocal) e o novato Douglas Prado (guitarra) fazendo uma apresentação digna de uma das melhores bandas do Brasil no estilo, mandando porradas consideradas clássicas da banda como “Thrasher”, “War Stomp” e “Metal Maloka”, essa ultima com um trechinho de “Children Of The Grave” do Black Sabbath no final, seguida de “Peste”, que pode ser considerada um hino da banda com seu refrão marcante. Definitivamente o show do Claustrofobia não foi uma simples abertura.

 

 

Set list:

 

1- Intro

2- Generalized World Infection

3- Bastardos do Brasil 

3- Paulada

4- Caosfera 

5- Pino da Granada

6- Curva

7- Download Hatred

8- Thrasher 

9- Vida de Mentira

10- War Stomp

11- Metal Maloka 

12- Peste

13- intau Saidera

14- Samba

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pontualmente as 00h30min o Sepultura entrou no palco com a porrada “I Am The Enemy” do novo álbum Machine Messiah, música que já vinha sendo executada ao vivo desde o ano passado, já conhecida de praticamente todos os presentes, seguida “Phantom Self”, também do novo álbum, logo de cara também foi muito bem recebida. A já clássica “Kairos” com seu refrão marcante antecedeu “Desperate Cry”, a primeira das antigas a ser executada na noite, seguida de mais duas novas, “Sworn Oath” e a instrumental “Iceberg Dances”, com Andreas Kisser mostrando seus dotes no violão em um solo no meio do tema. O interessante foi que as partes das novas músicas que contem instrumentos adicionais de orquestras foram obviamente executadas por samplers, mas soaram totalmente naturais em todas as músicas.

 

Na sequencia foi a vez da clássica “Inner Self” do álbum Beneath the Remains de 1989 levar os fãs a loucura, seguida de “Choke” e uma sequencia de temas mais recentes com “Dialog” e as novas “Alethea” e “Resistant Parasites” do mais novo trabalho, nessa ultima, vale destacar a performance da cozinha, com o baixo de Paulo Jr. se destacando muito bem e Eloy Casagrande mostrando mais uma vez ser de outro planeta. O penúltimo álbum The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart também foi lembrado com “The Vatican”, mostrando que a fase com o incansável Derrick Green é sim recheada de ótimas músicas e que o problema maior mesmo é encaixar tudo em um set list, sendo essa uma tarefa bem complicada para uma banda com uma discografia tão rica como a do Sepultura, sendo inevitável que ótimas musicas como "Convicted in Life" e "Sepulnation" acabem ficando de fora do set list.

 

Mas foram mesmo os clássicos das antigas que colocaram a casa abaixo, e um bom exemplo disso foi na dobradinha de “Biotech Is Godzilla” e “Policia”, sendo esse um dos momentos em que o público abriu as maiores rodas na pista da Audio Club, e o mesmo pode ser dito da trinca “Territory”, “Refuse/Resist” e “Arise”, simplesmente insano! Após o massacre, a banda deixa o palco e na volta para o tradicional bis Andreas Kisser lembrou a todos da estreia do documentário da banda dia 14 de junho antes de mandarem “Sepultura Under My Skin”, musica feita homenagem aos fãs, (principalmente os que possuem tatuagens do Sepultura) seguida de “Ratamahatta” e o desfecho final em grande estilo como sempre com “Roots Bloody Roots”.

 

Ao deixar a casa, a sensação e a certeza de no mínimo da grande maioria do público presente foi de ter visto o show de uma das melhores bandas do Mundo em um momento muito positivo de uma longa carreira.

 

 

Set list: 

 

1- Intro

2- I Am The Enemy

3- Phantom Self

4- Kairos

5- Desperate Cry

6- Sworn Oath

7- Iceberg Dances

8- Inner Self

9- Choke

10- Dialog

11- Alethea

12- Resistant Parasites

13- The Vatican

14- Biotech Is Godzilla/Policia

15- Territory

16- Refuse/Resist

17- Arise

Bis:

18- Sepultura Under My Skin

19- Ratamahatta

20- Roots Bloody Roots

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Confira também a resenha do álbum Machine Messiah pelo Alquimia Rock Club: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/5433/

 



André BG



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