As bandas com mais de 10 anos de estrada e uma discografia grande sempre passaram por épocas de mudanças e experiências musicais. Com o Kreator  não foi diferente. Mas os álbuns Endorama e Outcast não foram bem vindos. Após algum tempo, eles voltam a fazer o Thrash Metal típico de sua carreira com o Violent Revolution, mas sem deixar as experiências de lado. Com essa volta, Mille Petrozza vem se sobressaindo a cada álbum lançado, que culminou no ápice de sua criatividade com Horde of Chaos.

Um álbum que todas as músicas, sem exceção, são destaques. Todos os elementos da carreira do Kreator são aqui expostos (o Thrash puro dos primeiros álbuns, as experiências já citadas, a crueldade e técnicas típicas do Thrash europeu) fazendo com que esse álbum já seja um dos maiores clássicos, tanto do estilo como da banda. Não tem como não se empolgar com sons como Warcurse, Destroy What Destroys You, Absolute Misanthropy e To The Afterborn. A produção cristalina faz com que nós ouvimos com perfeição todos os instrumentos, dando destaque o desempenho de um dos melhores bateristas do Heavy Metal: Ventor

Apesar da maravilhosa produção e da excelente arte gráfica (o álbum também foi lançado numa versão em LP, onde a    arte se sobressai por causa do formato grande que o LP tem), esse álbum tem um ponto negativo: somente 38 minutos de duração, ficando aquele “gostinho de quero mais”; porém, isso o torna certeiro no que a banda se propôs a fazer. Isso sim é um perfeito lançamento de Thrash Metal, onde certas bandas que dizem que voltaram ao “old school” deveriam ouvir e realmente saber o que é esse estilo musical.

Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.