Resenhas

Vintersorg - 2011 - Jordpuls

Por Fabiano Cruz | Em 11/05/2011 - 22:37
Fonte: Alquimia Rock Club

Sem dúvida nenhuma, Andreas Hedlund, mais conhecido como VIntersorg, é uma das mentes mais brilhantes do Heavy Metal atual. Atuado ao lado de bandas que desafiam o slimites do Heavy Metal, como o Otyg e o Borknagar, em seus trabalhos solos são onde a criatividade dele voa longe, juntando Black Metal, Progressivo e o Folk de sua terra natal (Suécia, aos desavisados), criando uma sonoridade única que é difícil enquadrar em qualquer estilo que seja. Mesmo extremamente cultuado, o Vintersorg colecionou irritações dos fãs com o trabalho Solens Rötter – não que seja ruim, mais levou os conceitos progressivos ao extremo, deixando de lado as características Folks e Black Metal; e com Jordpuls ele retomou suas origens. Resultado? Um disco perfeito em todos os sentidos.


Logo com Världsalltets Fanfar na abertura, temos tudo o que queremos e esperamos da banda: riffs certeiros, melodias folks e rítmicas complexas, vocais hora guturais hora limpos e cantado em sueco; todos os elementos característicos. O equilíbrio nas composições é algo de cair o queixo. Klippor Och Skär com seu refrão folk a torna um tanto quanto “dançante”, resgatando muito de melodias suecas antigas; Till Dånet Av Forsar Och Fall é progressiva na sua totalidade, com um trabalho de bateria e arranjos de cair o queixo; Mörk Nebulosa traz os riffs Black Metal tradicionalíssimos. O domínio na arte da composição de Vintersorg é magnífico... Basta entrar nos detalhes sutis nas harmonias, melodias e arranjos de Skogen Sover e Eld Och Lågor.


E tudo isso é mais impressionante ainda sabendo que Vintersorg toma conta de tudo: vozes, guitarras, baixo, teclados, bateria; so conta com a ajuda do inseparável companheiro Mattias Marklund, mas esse faz somente partes da guitarra. Outros pontos a destacar são o trabalho de vozes, principalmente porque Vintersorg deixou a língua inglesa d elado de vez – convenhamos, podemos não entender nada de sueco, mas a língua sueca soa extremamente bonita nas melodias criadas nesse trabalho – e a ótima arte apresentada na capa do CD. Um trabalho primoroso, que já nasceu clássico ao lado de discos como Till Fjälls e Odemarkens Son.
 



Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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