Resenhas

Velvet Revolver - 2004 - Contraband

Por William Lima | Em 04/02/2010 - 09:38
Fonte: Alquimia Rock Club

A banda é formada por 3 ex-Gun's and Roses, o guitarrista Slash, o baixista Duff McKagan e o Baterista Mat Sorum, os vocais deste álbum ficaram a cargo do 'Stone Temple Pilot' Scott Weiland e a outra guitarra fica com o ex Wasted Youth Dave Kushner. Básicamente o que hoje conhecemos como Super Grupo, rótulo odiado por Duff, mas que cabe bem a essa junção de talentos. Contraband ficou abaixo do esperado para a maioria dos fãs de Gun's, mas bem acima da média e um dos destaques do ano, realmente, não é um segundo Gun's and Roses, tem uma pitada própria, o novo trabalho solo do Duff tem a mesma 'pegada' punk do álbum.

 
O álbum começa com a rápida "Suker Train Blues", um "hard punk metal", que mostra uma grande evolução técnica nas guitarras de Slash e também uma grande criatividade, me deixando curioso para saber o que vem por ae com o novo álbum solo do guitarrista ainda esse semestre. Essa música cehga a lembrar "Right Next Door to Hell" ao saudosistas fãs de Gun's. "Do It For The Kids" tem uma levada mais compaçada com um vocal bem consistente de Scott, ganha destaque também por licks e seus solos. "Big Machine" é outra pesada e destaque, vocais bem executados, solos contidos, muito peso, essa pode ser considerada a marca dessa banda, junto com baixo e bateria dando o andamento, Perfeita!
 
"Ilegal Song" é pesada e tem muito gás, moderna e antiquada, hard rock ao estilo STP. Spetacle é a surpresa, não colou mas, é a música que supera e destaca o disco, um riff inicial entrando junto com a bateria num ritmo forte (afinal é a bateria do Mat), vocal melódico e com uma cara punk, tem o dedo de McKagan nas estruturas vocais e rítmicas, um solo de Slash fantástico. "Fall to Pieces" divide o disco, seria o fim do "lado A", balada muito bem estruturada, letra marcante, vocal perfeito, lógico que não podemos comparar com as fantásticas baladas do "Gun's" ou mesmo do STP, ainda assim, muito boa, e merece o lugar que tomou no álbum.
 
"Headspace" lembra Seatle nos anos 90, boa música, mas só mais uma nesse album cheio de surpresas. "Superhuman" começa com um riff que muito me agrada, nada de especial, mas da o compaço de toda a música, com  um vocal fantástico Weiland mostra que vai fazer falta na banda. "Set me Free" que participa da trilha sonora de "Hulk", o riff é fantástico, agora, surpreenda-se ele foi criado pelo Sorum, mostra outro ótimo refrão e uma atuação digna de uma banda grande! Muita energia.
 
"You Got No Right" faz a quebra no peso, musica leve, estilo "STP", mas meio perdida no disco, "Slither", uma das primeiras músicas de trabalho (a primeira foi "Set me free", lança antes do aviso de que o próprio álbum já estava a caminho), simplesmente, hit! "Dirty Little Thing" merece destaque pela bateria e mantém o estilo de "Suker Train Blues" a última com essa pegada mais punk. O disco é fechado com "Loving the Alien", mais uma balada, não me agradou muito, mas tem um belo vocal.
 
Em resumo, Contraband é um disco que vale a pena ouvir, lógico que caso você não seja fã, nem de Gun's, nem de STP não perca seu tempo, influências bem expostas, mostra o dedo de cada um dos ex-integrantes do Guns, sem contar ser o trabalho de volta de Scott weiland a música, muita influência dos anos 80 e 90. Hard Rock do bom!


William Lima

Programador responsável pela estrutura do site Alquimia Rock Club, Desenvolve sistemas para Internet. Trabalha na área desde 2005.




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