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Kiss: Os pioneiros do desafio sem maquiagem.

Por Bruno Veloso | Em 06/09/2014 - 19:52
Fonte: Alquimia Rock Club

 Vamos ser justos e reconhecer mais esse pioneirismo dos mascarados mais queridos e ao mesmo tempo odiados do rock n`roll, quando ainda nem se pensava em Facebook e ao contrario do atual desafio que esta rolando na rede social que é totalmente movido pela curiosidade e descompromissado, o Kiss a banda americana que  já vendeu mais de 40 milhões de álbuns somente nos Estados Unidos, e desde sua formação já vendeu mais de 100 milhões de álbuns em 1983 passava pelo momento mais difícil da carreira, a banda estava passando por um período conturbado Peter Criss o baterista original da banda já havia saído da banda alguns anos antes e agora Ace Frehley também membro original da banda já não estava no line up, a historia se repetia e  assim como Peter que não tocou em Unmasked ( será que já era uma profecia ) e apenas apareceu na capa, Ace estava na capa mas também não tocou em Creatures of the Night de 1982, o ultimo Álbum deste que ate então seria o ultimo trabalho Kiss com uma das características mais marcantes até então na carreira da banda: A maquiagem!

 

No ano novo de 1983 o talentoso e temperamental  Vinnie Vincent substituiu Ace e foi apresentado ao publico, ele usava uma chave de Ankh no rosto e assumiu o personagem "Warrior" saindo em turnê para divulgar o álbum acompanhando Paul, Gene e Eric Carr.É provável que esta maquiagem fosse usada por  Paul Stanley, que planejava aposentar sua estrela, provavelmente numa jogada de marketing. Apesar da qualidade do álbum, que se mostrava até então como o mais pesado da banda, as vendas não decolavam, a imagem da banda estava seriamente arranhada na América, nesta época estiveram no Brasil e fizeram show no estádio do Maracanã e seria o maior público em um concerto do Kiss de toda história. Aproximadamente 200 mil pessoas estiveram presentes no primeiro show da turnê, houve invasão e arrombamento de portões nos 3 shows.

 
 
De volta em casa e aproveitando toda a repercussão do grandioso espetáculo no Rio de Janeiro, Paul Stanley estava em grande forma vocal, Gene atingiu o auge com seu alter ego "Demon",Eric Carr finalmente conquistava seu espaço junto ao público afinal não foi fácil substituir o carismático Peter Criss e Vinnie Vincent se destacava principalmente com a nova geração de fãs demonstrando uma técnica apurada e velocidade que era a característica dos guitarristas que estavam se destacando na época como: Eddie Van Halen e Randy Roads, dentre outros, mas como nem tudo são flores, desagradando boa parte dos fãs mais antigos que achavam que sua pegada descaracterizava as músicas da era Ace, tomaram certamente a decisão mais arriscada da carreira da banda e abandonar a história de super-heróis, histórias em quadrinhos etc... 
 
 
Depois de flertar com tendências pop, disco, e até progressivas, A mudança de sonoridade estava então os distanciando do rock n`roll que praticavam nos anos 70 e dava ênfase no peso das músicas que havia começado com "Creatures of the Night" e tinha continuidade em “Lick It Up. Prepararam tudo para criar expectativa e a retirada da maquiagem foi transmitida pela MTV, matando a curiosidade de milhares de fãs de todo o mundo.
Paul e principalmente Gene são gênios do marketing, acertaram novamente e o Kiss seguiu em frente com muitos álbuns de sucesso. Mudaram a sonoridade da banda muitas vezes, trocaram de músicos mais algumas vezes e estabilizaram a formação com a entrada de Bruce Kullick na guitarra solo, passaram pela morte de Eric Carr. Firmaram com o excelente baterista Eric Singer até que o Acústico Mtv de 1995 preparasse o terreno para a volta da formação original com mascaras e tudo, mas a sequencia desta historia eu conto em outra matéria...
 
 



Bruno Veloso

Membro Idealizador do Projeto, Produtor de Eventos e Produtor Cultural, atuando profissionalmente na área de eventos desde 1993, na produção técnica/artística com serviços prestados em praticamente todos os veículos de comunicação: teatro, televisão, eventos sociais e coorporativos, desfiles, portal web etc. Na Produção Cultural com atividades em organizações do terceiro setor atuou como Diretor de Eventos do I.A.C.E ( Instituto de Ação Cultural e Ecológica) desde o ano 2000 até 2010 com eco-eventos em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, Uni Lever dentre outros e Produtor Cultural do Casa Brasil de Pirituba no ano de 2008, alem de toda a programação cultural do Alquimia Rock Bar em 2003 e 2004.




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