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Marenna: O vídeo oficial e o making of de "Getting Higher"

Por Vagner Mastropaulo | Em 19/01/2021 - 23:36
Fonte: Alquimia Rock Club

Foto: Roger Clots (@rogerclots.fotografia

 
Texto por: Vagner Mastropaulo 

 

Agradecimentos: Isabele Miranda (assessoria de imprensa) 

 

Marenna disponibilizou recentemente o clipe de "Getting Higher", faixa de abertura do EP Pieces of Tomorrow, lançado no início de 2020, e, para repercutir o primeiro mês de views do mais recente vídeo de sua banda, trocamos algumas palavras com Rod Marenna. 

 

Produzido em parceria com a Colateral Filmes e Tecna Centro de Produção Audiovisual, o trabalho segue a abordagem da música, focada em reconstrução e resiliência, ou "sobre determinação, sobre acordar em meio aos escombros, reavaliar toda sua trajetória e tomar uma atitude", como nos confidenciou o vocalista em entrevista sobre a carreira, de modo geral, que pode ser lida aqui

 

Esteticamente, a aposta é em requintes de iluminação e cores para ajudar a transmitir a mensagem, navegando por conflitos internos, escolhas e atitudes individuais e valorizando o novo visual, assim como a fase mais madura da banda. 

 

Integram o line-up, Alex Reck (guitarra), Bife (baixo), Luks Diesel (teclado) e Arthur Schavinski (bateria), além de Rod, que nos deu maiores detalhes acerca do registro em câmera e da produção como um todo num rápido e super descontraído bate-papo: 

 

Vagner Mastropaulo: Rod, o clipe oficial de "Getting Higher" acabou de celebrar um mês de lançamento, dia 15 agora. Como vocês estão? Felizes com o resultado? E como foi a resposta dos fãs nas redes sociais? 


Rod Marenna: Sim, estamos felizes, pois conseguimos conectar a mensagem da música com o vídeo e, além disso, nós nos mostramos com esta nova formação ao pessoal que já acompanhava o Marenna e ao público novo. E a resposta tem sido muito positiva, acredito que acertamos em nosso objetivo. 

 

VM: O clipe é repleto de luzes e queria saber como não terminar com dores de cabeça ao fazê-lo. Sofro com isso e estaria perdido se fosse comigo ali na hora. Ainda bem que não estou na banda e nem na equipe que o realizou [risos]. 

 

RM: [risos] Na hora, no local, é diferente, pois cada parte da música tem um tipo de luz e tratamento final na edição. Na finalização, a coisa parece realmente ser mais forte e era esse o intuito mesmo: impactar e capturar o telespectador. 

 

VM: O uso de tanta iluminação certamente elevou a temperatura no set, fenômeno físico que chega a ter nome próprio, o Efeito Joule. Com isso, aumentam-se também os níveis de transpiração. Como foi lidar com isso na filmagem? 

 

RM: Tivemos um apoio da produção e fazíamos manutenção no visual a cada take. Além disso, fizemos vários takes individuais, enquanto uns atuavam, outros descansavam, e assim foi do começo ao término da filmagem. 

 

VM: Ah, então, sem querer, você já tirou uma dúvida, pois eu jurava ter visto takes feitos só com Arthur Schavinski na bateria num outro ambiente, quando ele aparecia de costas. Ou foi apenas uma questão de posicionamento diferente de câmera e algum "truque de edição", no bom sentido? 

 

RM: Exato, tínhamos três pontos de filmagem dentro da mesma locação. Quisemos criar o prisma de um túnel de luz à frente da bateria e, numa das salas, foi possível projetar a luz na parede e criar tal efeito. 

 

VM: Nesta mesma angulação, parecia haver um ar condicionado sobre o Arthur, sem contar o esvoaçar dos seus cabelos mesmo, cantando em certos momentos, pelo uso de ventiladores que são visíveis no chão. Tudo isso deve ter dado uma aliviada no calor ali na hora! 

 

RM: Sim, era uma espécie de restaurante industrial, por isso o exaustor [risos]... ventiladores sempre dão um charme a mais neste tipo de atuação e quebram um pouco a barreira de ar quente. 

 

VM: Onde o clipe foi filmado exatamente? Pareceu o interior de um galpão e, na hora do solo de Alex Reck, vocês todos, exceto o Arthur, fizeram um curto take em outra sala, que lembrou um depósito, aliás. 

 

RM: Sim, o clipe foi feito em Viamão, cidade próxima a Porto Alegre, nas dependências do Tecna, uma unidade tecnológica dentro da PUC. Era uma espécie de restaurante e usamos o salão, a cozinha e o depósito. 

 

VM: Curti a sacada do contra-ponto, o "momento da virada", digamos assim, a única parte mais escura na filmagem, logo após o solo de guitarra, em 3'45", com você cantando mais grave e que durou pouco mais de dez segundos, antes do retorno ao refrão em looping até o final. 

 

RM: Ali temos a preparação do desfecho da música, em que temos a luz azul, o "lado bom do indivíduo", em conflito com a luz vermelha, o "lado ruim ou da dúvida". Foi o ponto onde ousamos para que justamente fizesse a quebra necessária para a música voltar com toda a energia. 

 

VM: Gostaria que você dissesse algo sobre a opção pela tecnologia em 4k, recurso que já é uma realidade e parece ser o futuro para filmagens em alta definição. 

 

RM: Quisemos nos aproximar do que há de melhor em vídeo para justamente destacarmos nosso produto para o mercado internacional, nosso foco principal hoje. E fazendo um trabalho de alta qualidade, acredito que nos aproximamos cada vez mais dos materiais atuais produzidos por lá. 

 

VM: Agora, cá entre nós, revele um segredo: a galera estava realmente "tocando certinho" suas respectivas partes nas horas em que a câmera os flagrava? Ou tudo não passou da chamada "vídeo performance", como uma "dublagem musical" feita por sobre o áudio original? E em especial, mesmo sem a microfonagem, o som da bateria ficou alto ali na hora? 

 

RM: O som da bateria vinha com tudo [risos]... faz parte, mas sim, estávamos dublando e tocando o mais precisamente em cima do que foi gravado. Por ser o primeiro vídeo com esta formação, a entrega foi a mais intensa e fiel, tal qual uma performance ao vivo. 

 

VM: Vocês inovaram desta vez ao tornar público, pelo menos no YouTube (não chequei se já haviam feito algo similar nas redes sociais), um descontraído making of. Quem sugeriu? Era algo que os fãs pediam? 

 

RM: Foi uma forma de quebrar o gelo com a audiência, haja vista que estamos estreando esta formação. Pensamos em captar alguns momentos, interagir com o pessoal e mostrar um pouco do que estava acontecendo. A idéia surgiu em um dos brainstorms que promovemos entre a gente mesmo. Acho que todos contribuíram para a idéia. 

 

VM: E em contraste ao belo acabamento do clipe, no making of vocês optaram por uma captação mais "rústica", por assim dizer, como se fosse algo mais antigo. Por que essa opção? 

 

RM: O making of foi todo gravado com nossos celulares e foi uma coisa totalmente nossa, no sistema "do it yourself". Para parametrizar as imagens, usamos alguns filtros diferentes, justamente para aproximar as imagens e também para não "entregar" o mesmo clima/filtro do clipe. Por isso lançamos o making of antes do vídeo oficial. 

 

VM: Às vezes as pessoas não se dão conta do trabalhão que dá todo o processo de filmagem. Quanto tempo durou ali na hora? Tem um momento do making of em que vocês aparecem até se alimentando [risos], então deve ter demorado! E quantas vezes a música foi repetida? 

 

RM: Com certeza, não é só o dia da filmagem. Requer ensaios, reuniões, estudo de referências, visitação ao local, estratégias de lançamento, logística... tinha muita gente fazendo a coisa acontecer por lá. Chegamos ao local às 18:00, iniciamos as filmagens às 22:00 e terminamos às 6:00 da manhã do outro dia [risos]... foi cansativo e motivador, pois sabíamos o que buscávamos. E repetimos perto de vinte a vinte e cinco vezes, acredito, se não para mais [risos]... 

 

VM: E o que deu em vocês quando saem cantando "I'll Be There For You" (Bon Jovi) no making of [risos]? E depois fazem o mesmo com "When It's Love" (Van Halen). Momentos de descontração? 

 

RM: A gente sempre canta, conversa, fala de clipes, de bandas, tem a hora para tudo, inclusive a da descontração. Mas tem a hora de trabalhar e aí o bicho pega. 

 

VM: O lyric vídeo de "Pieces Of Tomorrow" já havia saído em janeiro/20 e com o lançamento do clipe de "Getting Higher", do EP, só falta algo para "Break My Heart Again". O que está reservado a ela? 

 

RM: [risos]... boa pergunta. Traremos uma surpresa a seguir, mas, por ora, só posso dizer que está ficando bonito. 

 

VM: Mal podemos esperar! Valeu, Rod! 

 

RM: Muito obrigado! É sempre um prazer falar sobre música e sobre o meu trabalho. Um abraço a todos e fiquem ligados. Muitas novidades a seguir! 

 

Assista ao vídeo oficial de "Getting Higher" e a seu making of: 

 

"Getting Higher": https://www.youtube.com/watch?v=1bM6plxhIy4 

  

 

 

“Making of”: https://www.youtube.com/watch?v=RbXioy5khgQ

  

 

 

Acesse sua plataforma preferida: bit.ly/Marenna-PiecesOfTomorrow 

 

E siga o Marenna em seus canais oficiais: https://fanlink.to/Marenna 

 

Marenna é:

Vocals: @rodmarenna

Guitars: @alexreckmusic

Bass: @officialbife

Keyboards: @luksdiesel

Drums: @arthurschavinski

 

 

Assessoria: Isabele Miranda (IM Press&MKT) @isabelemirandatv

 

Confira também a entrevista com Rod Marenna no Alquimia Rock Club: http://www.alquimiarockclub.com.br/entrevistas/6977/

 

Foto: Thiago Wilbert

 

 

Confira também a resenha do EP “Pieces Of Tomorrow”: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6934/

 

 
 

Confira também a resenha do álbum ao vivo “Livin' No Regrets”: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6633/

 

 

 


Vagner Mastropaulo

Bacharel em inglês/português formado pela USP em 2003; pós-graduado em Jornalismo pela Cásper Líbero em 2013; professor de inglês desde 1997; eventualmente atua como tradutor, embora não seja seu forte. Fã de música desde 1989 e contando... começou a colaborar com o site comoas melhores coisas que acontecem na vida: sem planejamento algum! :)




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