Matérias

Festival Psicodália de 2009

Por Fabiano Cruz | Em 13/04/2009 - 12:53
Fonte: Alquimia Rock Club

           “Vida longa ao rock’n’roll nacional”. Assim diz a frase estampada no livreto distribuído internamente no festival. O Festival Psicodália ocorre anualmente durante o Carnaval como uma alternativa (ou seria fuga) ao amantes do rock’n’roll em plena época de fantasias e escolas de samba.

             Tomei conhecimento do Festival pelo grande amigo Cliceu (um dos organizadores e o responsável pela imprensa do festival) numa conversa, onde eu lhe disse que estava surgindo excelentes bandas no cenário rock nacional, como o Carro Bomba, Baranga e Tomada. Ele me responde que tem bem mais do que somente o cenário do eixo SP-RJ, era só eu ir pro Psicodália que eu tomaria conhecimento.

             E ele não estava nada errado!

             Antes de falar das bandas tenho que falar do festival em si. O Psicodália tem o foco no rock nacional, mas o festival como um todo é um espetáculo às artes e à Natureza. Realizado numa fazenda em São Martinho, interior de Santa Catarina, a consciência e preocupação ecológica com a organização do evento é perfeita (particularmente nunca vi tamanha preocupação em nenhum evento realizado no Brasil até hoje).

          O lixo gerado pelo evento era recolhido a toda hora, com a seleção de materiais reciclados feito após a coleta; lixos específicos para bitucas de cigarro eram espalhado por toda parte; banheiros preparados com a preocupação de não sujar o ambiente (e sempre limpos!); três áreas de camping separadas e estrategicamente localizadas para melhor acomodação do público e sem prejuízos à Natureza. Infelizmente, muitas pessoas que foram não tomaram consciência dessa importante filosofia que também faz parte do festival, mas isso seria assunto para outra hora.

         Como disse acima, também é um espetáculo voltado às artes em geral. Entre as apresentações das bandas, teve peças teatrais (somente vi uma, “Bolinhos da Mamãe”, uma comédia pra lá de engraçada); sessões do filme/documentário feito sobre o Psicodália, intervenções artísticas sempre com participação dos presentes no festival (tive oportunidade de ver somente o Ritual Pintura, onde o grupo que interagia com o povo pintaram os corpos dos presentes); apresentações de danças e vários workshops e oficinas de variados temas, como Yoga, mandalas, pipas, origami, expressão vocal, presença de palco, palhaços e música indiana.

           A organização também dispôs uma excelente praça de alimentação e bares, com alguns funcionando 24hrs por dia. Espalhados entre eles foram dispostos três pontos da Rádio Kombi, uma rádio comunitária que entretia o pessoal quando não havia bandas ou outras atividades, ou simplesmente para quem queria somente tomar uma cerveja bem gelada ouvindo excelentes sons e produções de programa (eu fui um dos que produziu alguns dos programas que rolou por lá), também teve curtas entrevistas com várias bandas que se apresentaram no local durante a programação da rádio, sempre mandando um som acústico pra galera; a rádio em seu primeiro ano no festival foi muito bem vinda pelo público, que elogiou bastante o trabalho da equipe que realizou a rádio.

          Bem, antes de ir às bandas, devo dizer que infelizmente não cobri todas (às vezes eu estava ocupado com a rádio ou cobrindo a coletiva e entrevistas do Som Nosso de Cada Dia), mas com certeza não ficaram abaixo das quais eu vi (inclusive muitas, mesmo não vendo, adquiri material delas), sempre mantendo o altíssimo nível – tenho que ressaltar aqui a escolha das bandas pelos organizadores, onde é criteriosa a seleção de bandas, justamente para sempre manter esse excelente nível). As bandas tocaram em dois palcos diferentes: no Palco do Sol, onde o palco ficava perto das piscinas e os shows foram realizados no período da tarde e o Palco do Pasto, onde ficava no grande pasto da fazenda e eram realizados a noite os show. Ambos os palcos com uma estrutura bem profissional em todos os aspectos.

 

Sexta – 20/02

          Teve um único show, a apresentação do Eletric Trip no Palco do Sol. Infelizmente não pude ver, pois ainda não tinha chegado ao local, mas a banda mandou muito bem, todos que viram gostaram.

 

Sábado – 21/02

           As bandas participantes do Palco do Sol; Trem Fantasma, Cucas Tortas e Seres Inteligíveis Vindos do Hiperurano, também fiquei impossibilitado de dar uma cobertura maior, mas entre montagem de barraca, radio e tentando me manter refrescado (um Sol de rachar a cabeça de qualquer um estava fazendo), fiquei prestando somente atenção ao áudio. Bandas bem legais que fizeram shows bastante agitados

          Enfim, após tudo certo, rumei para o Palco do Pasto, onde finalmente prestigiaria e cobriria um show do festival. Vindos de Sergipe, o Plástico Lunar faz um som único, com pitadas de Hard Rock, Progressivo e Psicodelia. Os caras mandam muito bem no palco!!!!!! Peso e melodia nas medidas certas, sempre com bastante psicodelismo nos sons. A cozinha da banda, formada pelo Plástico Jr. no baixo e Marcos Odara na bateria foi uma das que mais se destacaram no Festival, quebrando tudo!!!!!!!

           Após o Plástico, sobe ao palco a banda Sopa. Um dos maiores destaques do Psicodália, a Sopa faz um som que não tem rótulos: em suas músicas ouvimos influência desde Zappa a nossa música nacional!!!!! Com inúmeros instrumentos no palco (em seu Cd chegam a usar mais de 15 instrumentos diferentes, com praticamente TODAS as sonoridades reproduzidas no palco), as músicas como Oras Bolas, Carrapato ou Carrapicho e, uma das mais belas melodias que já ouvi em vida, Grãos de Areia, mostra todo o potencial e criatividade dessa excelente banda. A bela Daniele Madrid comanda a banda em quase todo o tempo que tocaram, cantando, às vezes empunhando seu violino ou fazendo as honras da percussão.

           Continuando na praia do progressivo/psicodélico, Goya nos mostra um som instrumental perfeito, com bastante influência do Jazz Rock (ou Fusion para muitos) em seu som. Apesar de ser instrumental, a banda não deixou o público desanimar! As melodias do sax e flauta de Rodrigo Nickei caem perfeitas nas harmonias executadas pelo guitarrista Alexandre Pagliosa e pelos teclados de Marcio Ingiat, tornando temas como O Cubo e Cabra-ma-Cabra inesquecíveis!!!!!

           Já de madrugada, com ninguém arredando os pés do Palco do Pasto, sobem os mineiros do Zé Trindade. Depois de muita psicodelia e progressivo, os caras quebraram tudo com seu Hard Rock bem setentista!!!!! É incrível a sonoridade que somente três caras (Danilo Marquez na guitarra e voz, Felipe Freitas no baixo, gaita e flauta e Marco Túlio na bateria) fazem, relembrando os grandes Power Trios que teve na história do rock (como o Grand Funk Railroad, uma grande influência desses caras). Impossível ficar quieto sem balançar o corpo ao som do Blues da Lua, O Trem, Por Que Você Não Me Escuta? e Último Segundo.

          Terminada essa noite de Sábado, rumei pra tomar uma cerveja e tenho que destacar aqui como o clima do Festival toma conta de todos, com as bandas conversando livremente com o pessoal (particularmente, nunca vou esquecer o gostinho do queijo e da cachaça mineira do pessoal do Zé Trindade, às 3 horas da madrugada), com o povo não arredando o pé do bar, tocando e tocando musicas nos violões, tornando o clima de alegria e amizade única no Festival......

 

Domingo – 22/03

           Após um banho gelado ás 7:30 da manhã (numa infelicidade de eu pegar o ÚNICO chuveiro queimado nesse dia) e um café da manhã, faço meus trabalhos na Rádio Kombi, mas sabendo que veria todas as bandas nesse dia.

          Num Sol escaldante que, com certeza, nem o Tinhoso estava agüentando, rumo para ver a primeira banda do dia no Palco do Sol. O Conto, contando na sua formação os músicos Davi Henn, Newmar Broustolin e Klauss Pereira (sendo esse um dos organizadores do festival), sobem ao palco com seu psicodelismo. Mas tem um diferencial. Como músico, sempre carreguei comigo que temos que nos impor desafios para nos melhorar cada vez mais, todos os músicos deveriam pensar assim, e foi justamente o que esses três caras fizeram, numa coragem e desafio impar que se comprometeram. Explico: a banda tinha sido formada dias antes do festival, e foi a sua primeira apresentação, GRAVANDO a mesma para o lançamento de seu primeiro trabalho!!!!! Sim, primeira apresentação em poucos dias de ensaio e já gravando seu primeiro registro!!!!! Apesar de claramente vermos os músicos nervosos no palco, não fizeram nada feio!!! Muito legal isso, e assim que vemos verdadeiramente quem é músico, pois muitos aí afora de dizem músicos por causa de um simples diploma ou carteira da OMB, mas que não teriam a mínima coragem de fazer o que O Conto fez.

           Após uns minutos, a segunda banda do dia sobe no Placo do Sol. Se eu já tinha ficado abismado com o Hard Rock do Zé Trindade, o pessoal do Massahara conseguiu me deixar mais ainda (como dizem ai, de queixo caído). Que Hard Rock esses caras fazem!!!!!!!!!!!! Numa sonoridade totalmente setentista, com os teclados de Ronaldo Rodrigues fazendo melodias e timbres típicos, a guitarra nervosa de Fábio Garcia e a excelente cozinha numa quebradeira impar de Douglas Oliveira (bateria) e Allan Ribeiro (baixo), fazem com que todos entrem numa máquina do tempo e nos teleportam para a cena Hard/ Psicodélica dos anos setenta! Temas como Cabeça Boa, Lugar ao Sol e Já Nem Ligo Mais (com um dos solos de baixo mais legal que já vi e ouvi na vida), o Massahara mostra pra que veio ao festival!!!!!

         Um merecido descanso com uma cerveja para refrescar (apesar de já ser fim da tarde, o calor ainda era muito grande) rumo para o Palco do Pastor e ver as quatro bandas da noite desse dia. O Sebbo começa as apresentações com seu mais puro rock’n’roll com pitadas sutis de nossa nacionalidade, liderada pela belíssima Margareth Blaskievicz. Uma das bandas que mais impressionou pelo desempenho no palco, deixou todos os presentes satisfeitos, onde claramente foi uma das bandas que o público mais prestigiou

         O Sopro Difuso mostra a nós seu Progressivo com bastante influência da música brasileira. Loucura Lúcida, Mutação (a apresentação da Dança do Fogo no meio desse som foi uma perfeita integração entre música e dança!) e Visionário são temas maravilhosos conduzidos pelas melodias da flauta transversal de Denis Naresi e pela bateria de André Nigro. As letras, belas poesias, de Jacir Antunes são de um extremo bom gosto, bem filosóficas. E, apesar de estar meio “deslocada” no dia (a organização poderia ter colocado eles ou no Sábado ou na Segunda, ao lado de bandas similares ao seu som), a banda não fez feio, prendendo bastante a atenção do povo, saindo muito aplaudida pela sua apresentação.

         Com um ar bem descontraído, o Gato Preto sobe ao Palco do Pasto fazendo um rock’n’roll bem elaborado, com elementos blues e a diferenciação no bandolin de Marcello Stancati e no violino de Jan Kossobudzki. E não é que foi umas das que mais contagiou o público? Seu rock bem rápido com algumas partes bem folk como contraste, em arranjos interessantes, a banda tem uma presença de palco inigualável, com todos os músicos bem a vontade no palco, tornando uma das apresentações mais faladas entre o público (hilária e perfeita os sons sobre piratas com performance prá la de legal do vocalista e violonista Ivan Halfon).

         Já de madrugada, muitos esperavam o que seria junto com o Som Nosso de Cada Dia, a principal atração do Festival. Os gaúchos da Pata de Elefante sobem ao palco e, aumentando ainda mais o clima de puro rock’n’roll que o Gato Preto já deixara em palco. E que rock’n’roll esses gaúchos fizeram!!!!!!!!!!!!! Com temas somente instrumentais (mas as melodias perfeitas que fazem nós cantarolar juntos), deixou todos os presentes maravilhados com suas músicas! Gabriel Guedes e Daniel Mossmann, ambos guitarrista e baixista, que trocam de instrumentos no meio do show (sem perder a qualidade tamanha perfeição técnica ambos tem) e Gustavo Telles na bateria mostraram o porque eram uma das bandas mais esperadas do festival!!!!! Tenho que ressaltar aqui a criatividade e coragem desses gaúchos, pois se já é difícil (e quase sempre inviável) fazer música instrumental nacional ou calcado no jazz (como o Goya) no nosso querido Brasil, esses caras ainda fazem música instrumental dentro do rock!!!! Suas músicas passam pelo Hard Rock, Rock’n’Roll clássico, Surf Music entre outros subestilos! Uma das melhores apresentações do festival!

          Terminado os shows, fui tomar uma cerveja e conversar com amigos que também estavam pela área, e lá estava no bar o povo com violões e cantarias.......

 

Segunda – 23/03

          Mais esperto com os chuveiros queimados dessa vez, tomei um banho rápido e um ligeiro café da manhã e rumei para a Radio Kombi, onde, junto com o diretor Cliceu Spinassi, o Ronaldo Rodrigues do Massahara, o Cláudio Frozin e toda a galera que produziu a rádio e fez parte da imprensa, correríamos a tarde toda para cobrir o máximo possível a coletiva de imprensa e os preparativos para a atração principal do evento, o Som Nosso de Cada Dia.

         Por causa disso, fiquei impossibilitado de ver as bandas de tarde que tocariam no Palco do Sol, mas tenho certeza que a Tântalus Cantantes com seu som calcado na música indiana, o Soul Barbeccue com seu som bastante influenciado pelo Jazz e o Hard Rock do Mesa Girante não fizeram menos que as bandas dos dias anteriores.

         Com a chuva começando a cair (finalmente!!!!!!!!!! Não sei se agüentaria mais um dia de Sol na minha cabeça!), saio correndo da coletiva e rumo para o Palco do Pasto, onde já tinha começado as apresentações do dia.

          Pego o finalzinho da Estação da Luz. Outra banda liderada pela forte e maravilhosa presença feminina no palco, dessa vez pela vocalista e percussionista Renata Ortunho, consegui ver a musica fortemente influenciada pelo psicodelismo dessa banda vinda do interior de São Paulo, com bastante destaque nos sintetizadores de Alberto Sabella. Espero muito um registro em CD dessa banda, com certeza vai ser muito bem vindo!

         Após a psicodelia da Estação da Luz, sobem no Palco do Pasto quatro palhaços. Mas..... Palhaços? Sim! Palhaços!!!! A Bandinha Di Dá Dó formada por Cotoco (arcodeon e voz), Zé Docinho (bateria), Horizonte (guitarra) e Teimoso Teimosia (baixo) fazem com que todos entrem numa viagem sonora e fantasiosa com alegria e sorrisos!!! Misturando a teatralidade do circo com um som bastante influenciado por ritmos brasileiros tradicionais e pela música circense, eles fazem a, batizado por eles mesmo, “Clown Music”. E os palhaços no palco são perfeitos, fazendo com que nos sentíssemos a ser criança de novo!! E dá-lhe palhaçadas no palco: o surf que Cotoco fez no público (o maior mosh que eu vi na vida!), a teimosia de Teimoso em querer que o baixo apareça mais que a guitarra, as caras e bocas de Docinho.... Uma interatividade total com o público e com quem trabalhava em cima do palco (produção, jornalistas, fotógrafos). Sempre dou risada, mesmo que sozinho, quando me lembro dessa apresentação....

         Após um tempo, com o palco um tanto apertado (pois o equipamento do Som Nosso já estava montado desde a passagem de som das bandas à tarde), a Trupe Sonora Casa de Orates começa sua apresentação. E é difícil fazer uma resenha do que vi no palco..... Misturando teatro com música, a trupe (nesse caso, acho que nem a palavra “banda” cabe a eles, como já diz o próprio nome) faz uma apresentação mágica! Com quase todos os integrantes em fantasias e máscaras (somente a vocalista Siara Bonatti e o ator – que fez várias intervenções entre algumas músicas – Jonata Gonçalvez, não usaram máscaras), a teatralidade deles com a música influenciada por diversos ritmos (desde a música medieval ao jazz, passando pelo Progressivo e ritmos latinos), formaram uma fusão que deixou todos que estavam vendo a apresentação deles paralisados e emocionados, tamanha magia tem no trabalho dessa Trupe. Não é a toa que seu primeiro CD tem o título de Artesão dos Sonhos, pois essa trupe realmente nos faz ter uma viagem onírica vendo seu trabalho.

         Após as apresentações da Casa de Orates e Bandinha Di Dá Dó, aquele clima mágico ficou no ar, ainda mais reforçado, pois entraria no palco a principal atração do festival. Até então, depois da reforma que o Som Nosso teve, só tinham tocado em dois lugares: a apresentação da volta deles no Teatro Municipal de São Paulo na Virada Cultural de 2008 e uma apresentação no Centro Cultura São Paulo. Eu vi as duas apresentações, onde tocaram na integra um dos maiores clássicos do Rock Progressivo: o álbum Snegs. Mas já de antemão eu sabia que tocariam músicas do Sábado/Domingo e algumas músicas novas, criando uma grande expectativa, não só de mim, mas de todos presentes. O Som Nosso hoje conta, ao lado dos fundadores Manito (teclados, sax e flauta) e Pedro Baldanza (baixo e voz), Marcelo Schevano na guitarra, Edson Guilardi na bateria, Fernando Cardoso nos teclados e os vocalistas Thiago Furlan e Jorge Canti. Numa apresentação magnífica, tocam clássicos como Sinal da Paranóia, Bicho do Mato, Pra Swingar e Diréccion de Aquarius ao lado de temas inéditos, numa apresentação típica de uma banda progressiva. A presença de palco de Manito é um destaque a parte, tanto nos teclados ou empunhado seu sax ou a flauta. O único ponto negativo foi a curta apresentação e a repetição de dois temas no fim do show. Muitos reclamaram disso, mas temos que entender que a banda ainda está voltando depois da reformulação e só tiveram dois shows antes desse; numa banda onde tocam músicas complexas, realmente o trabalho de adaptação dos músicos é um tanto trabalhoso. Mas a banda deu o máximo se si, e víamos na cara de cada um a alegria de estar mostrando seu trabalho no Psicodália.

         Mais um dia se foi. Com o corpo um tanto desgastado, não fiquei para a coletiva que a banda fez após o show com o público, e muito menos fui até o bar, onde o mesmo grupo estava lá, tomando cerveja e tocando violão... (se o pessoal do Guiness Book of Records estivessem no festival, daria o premio a alguns por ficar mais tempo tocando violão....)

 

Terça – 24/03

          Rotina diária de banho e café da manhã, arrumo as coisas para ir embora. Infelizmente não pude ver as ultimas bandas que encerraram o festival: o Universo em Verso Livre, o RoberSouTheValsa, o Hard Rock do Cadillac Dinossuros e o “padrinho” do festival, Plá (com suas letras filosóficas e seu violão faz um rock acústico bem legal – e tenho destacar que é uma figura o Plá, sempre atencioso e alegre com quem o parava pra conversar, um músico onde a mente não para decriar!!). Também perdi o casamento que teve: os noivos se conheceram no festival em 2008 e efetuaram o compromisso em 2009; isso é só para mostrar como é o clima de amizade, paz e tranqüilidade, regado a muito rock’n’roll e cultura dos mais variados tipos!

         Esperamos ano que vem mais uma edição desse festival que, com o belo trabalho dos organizadores, so tende a crescer cada vez mais!



Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




blog comments powered by Disqus