Entrevistas

Maestrick: “A recepção do público foi maravilhosa”

Por André BG | Em 18/02/2019 - 05:04
Fonte: Alquimia Rock Club

Fotos: Erick Mem

 

Após retornar de sua primeira turnê pela Europa onde divulgou seu mais recente álbum “Espresso Della Vita: Solare”, a banda de Rock/Metal Progressivo Maestrick concedeu uma entrevista exclusiva para o Alquimia Rock Club através do vocalista e tecladista Fábio Caldeira e do baterista Heitor Matos para contar como foi essa primeira experiência no velho continente, a repercussão do novo álbum, entre outros assuntos que você confere a seguir:  

 

Alquimia Rock Club: Primeiramente, gostaríamos de agradecer por concederem mais essa entrevista para o Alquimia Rock Club. Vamos começar falando um pouco sobre o mais recente álbum “Espresso Della Vita: Solare”. Gostaria que comentassem um pouco sobre esse trabalho, como foram desenvolvidas as ideias que resultaram nessa obra e como tem sido a repercussão? 

 

Fábio Caldeira: Nós é que agradecemos pela oportunidade. Poder falar sobre o nosso trabalho com o Maestrick é sempre motivo de muita felicidade. 

 

Heitor Matos: É sempre muito massa responder as entrevistas de vocês. Eu que agradeço demais! Pra falar como foram desenvolvidas as ideias pra esse álbum, eu preciso citar a minha entrada na banda lá em 2006. É bizarro, mas as ideias tanto pro “Unpuzzle!” quanto pro Solare, surgiram muito naturalmente. Eu citei a minha entrada na banda porque desde o primeiro ensaio, nós já começamos a compor algo e foi animal desde o começo essa sinergia. As ideias surgem e nós tocamos e organizamos. Resumindo, a maioria das músicas começam por alguma melodia que surge do teclado, ou de alguma ideia de vocal do Fábio. Mas as vezes acontece do Montanha trazer algo, ou quando estamos tocando atoa, alguém toca algo que o outro curte, e dali começamos a construir. Basicamente é isso. 

 

Alquimia Rock Club: Qual seria na opinião de vocês a maior diferença entre “Espresso Della Vita: Solare” e seu antecessor “Unpuzzle!” de 2011?

 

Fábio: Com certeza somos nós a maior diferença. Nós amadurecemos como pessoas, como artistas e procuramos usar isso a nosso favor quando começamos a compor o “Solare”. É como se estivéssemos mais conscientes de quem somos e de como isso nos ajudaria no processo. Tudo, desde os arranjos musicais até as letras, partem da forma que enxergamos o mundo ao nosso redor nesse momento, que enxergamos a nossa viagem, então certamente esse é o maior fator que diferencia os dois. 

 

Fábio Caldeira (vocal/piano)

 

Alquimia Rock Club: Em conversa com o baterista Heitor Matos no dia do lançamento do álbum na Central Panelaço em São Paulo, ele comentou sobre a história emocionante e verídica que inspirou a música “Trainsition”, gostaria que vocês comentassem um pouco sobre a história que envolve essa canção.

 

Fábio: O nosso baterista, Heitor Matos, tem uma amiga que tinha o sonho de ser aeromoça, a Thammy Kizzye. Nessa mesma época ele dava aula de bateria para um bombeiro, que foi professor dela em uma das matérias de sobrevivência e primeiros socorros. Quase se formando, voltando um dia pra casa, ela sofreu um acidente e adivinha quem a socorreu? O bombeiro professor/aluno do Heitor. A música descreve desde o acidente, a chegada do anjo (bombeiro) e a nova realidade dela, pois o acidente a deixou tetraplégica. Hoje ela está muito bem, já sente as pernas e eu tenho certeza que vai voltar a andar logo. A música então tem esse nome, porque fala das transições na vida da Thammy, tem transições musicais, três momentos principais que acompanham a história e também a transição do dia para a noite, pois essa é a última música do disco.  

 

Heitor Matos (bateria)

 

 

Alquimia Rock Club: O álbum é recheado de participações de diversos músicos, gostaria que comentassem um pouco sobre essas participações. Qual o critério usado para a escolha dos convidados? Todas foram devidamente planejadas ou surgiu alguma que foi mais no lance de acabar rolando de forma inusitada e inesperada?  

 

Fábio: O critério é a necessidade artística. Se no meio do processo sentimos que para justificar o nosso argumento musical ou lírico precisamos de um som específico, ou interpretação, ou ainda, precisamos de uma cor diferente que não temos na nossa paleta para ilustrar melhor a imagem que queremos passar aí recorremos a participações. Sempre com pessoas que sabemos que vão agregar sentimento, intenção e verdade a música e consequentemente ao disco.

 

Alquimia Rock Club: Ouvindo o formato físico do álbum (CD) e pelo Spotify, notei uma diferença nas faixas de abertura e encerramento do álbum (Origami e Trainsition), ambas mais estendidas na versão digital, qual o motivo dessa diferença entre a versão lançada em CD para a versão digital?

 

Fábio: É simplesmente a limitação física do CD. Nós teríamos problemas técnicos para a prensagem se deixássemos esses trechos a mais que a versão digital tem. Não foi nada que descaracterizasse o disco ou o conceito, então deu tudo certo.

 

Alquimia Rock Club: Acho que a arte gráfica do álbum assinada pela artista plástica Juh Leidl chama a atenção e é sem sombra de duvidas um dos pontos altos do trabalho como um todo, cheguei inclusive a comentar em minha resenha no Alquimia Rock Club (http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6259/) que seria ainda mais incrível se o álbum também fosse lançado em vinil, vocês já pensaram nessa possibilidade?

 

Fábio: Com certeza o “Solare” não seria completo sem a arte da Juh. Dona de um grande coração e de uma sensibilidade ímpar, ela captou tudo o que queríamos musicalmente em forma das artes. É uma honra tê-la conosco nesse projeto e já estamos ansiosos pelo que virá em termos de arte, no “Lunare”. Nós temos um sonho de fazer em vinil sim, principalmente por conta das artes, mas no momento é inviável financeiramente para nós. Mas quem sabe, depois do “Lunare”, não rola um livro com as artes? 

 

 

 

Alquimia Rock Club: Vocês fizeram recentemente uma turnê pela Europa, como foi essa primeira experiência da banda no velho continente?

 

Fábio: Foi sensacional! Uma experiência de vida sem igual. Foi um sonho realizado, e estamos orgulhosos, porque foi real, e em uma pegada dessas é muito fácil espanar. Você viaja pra caramba, dorme pouco, onde dá, come o que tem, carrega, descarrega a van, monta, desmonta, enfim, realmente separa os “homens” dos “meninos”. A recepção do público foi maravilhosa, estamos recebendo ainda mensagens de elogios sobre os shows e com certeza nos fortaleceu como grupo para os próximos passos.

 

Alquimia Rock Club: Nessa primeira passagem pela Europa, quais as principais diferenças que vocês puderam notar em relação a nossa cena?

 

Fábio: Nós notamos na verdade muitas semelhanças com a nossa cena. Existem muitas bandas batalhando por espaço e o público nem sempre se faz presente como gostaríamos, mas a principal diferença é que o músico lá é mais valorizado em geral. Eles são muito gratos aos artistas por promoverem cultura.

 

Alquimia Rock Club: Quando ouvimos histórias das primeiras turnês internacionais de bandas como Sepultura e Ratos de Porão, momentos cômicos e inusitados não faltam. No caso do Maestrick, vocês trouxeram na bagagem alguma história peculiar ou digna de risos que gostariam de compartilhar? 

 

Heitor: Porra... esse tipo de história seria legal contar ao vivo (risos). Com certeza vivemos algumas coisas peculiares. Uma delas é o motorista (Michal) um cara da Eslováquia que é um figura. Pra não nos comprometer muito, vou contar um fato curioso dele só. Ele tem descendência Viking, escuta uns metais extremos e ama Taylor Swift. rs

 

Alquimia Rock Club: Em nossa última entrevista em dezembro de 2016, vocês ainda eram um trio e contavam com o apoio do produtor Adair Daufembach para a gravação das guitarras de “Espresso Della Vita: Solare”. De lá pra cá vocês recrutaram o tecladista Neemias Teixeira e estão excursionando com Adair Daufembach que parece já ser um membro oficial de tão bem entrosado com a banda, levando em consideração que fez um ótimo trabalho no álbum e esta em turnê com a banda, existe a chance de ele ser efetivado ou vocês ainda procuram por um guitarrista fixo?

 

Fábio: Na verdade nós ainda somos um trio. O Adair Daufembach gravou sim as guitarras do disco, mas por ter uma agenda super cheia como produtor e por morar em Los Angeles, nos EUA, fica inviável para tocar conosco. Mas sim, seria sensacional se ele pudesse entrar para a banda. Até termos alguém fixo na guitarra da banda, e não temos pressa pra isso no momento, já contamos com alguns guitarristas pra fazer os shows conosco. Destaco o querido Rubinho Silva, o Paulo Pacheco e o Guilherme Henrique, da banda Order of Destruction, que fez a Hell’s Della Vita Tour com a gente na semana passada, onde tocamos quatro datas com os irmãos do VersOver. O Luiz Oliveira de São Vicente, mestre da guitarra, também fez uma participação no nosso show do Manifesto durante essa mesma turnê. 

 

Alquimia Rock Club: Quais os planos do Maestrick para 2019?

 

Fábio: Bom, temos um minidocumentário a caminho, sobre nossa experiência na Europa. Faremos um anúncio sobre isso ainda nesse bimestre. Teremos um faixa a faixa do “Solare” no canal do Maestrick do Youtube. E o principal, começaremos a trabalhar oficialmente nas ideias que já temos para o “Lunare”. 

 

Alquimia Rock Club: Mais uma vez, agradecemos por concederem mais essa entrevista para o Alquimia Rock Club, o espaço é todo de vocês para darem um recado final ao público.

 

Fábio: Muito obrigado ao Alquimia Rock Club, por todo o apoio ao Maestrick e a todos que nos acompanham! A palavra gratidão define como estamos nos sentindo nesse momento e somos conscientes de que não dá pra se fazer nada sozinho. Então muito obrigado por estarem conosco nessa viagem! Desejo o melhor a todos! 

 

 

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Confira também como foi o show do Maestrick com o VersOver no último dia 10 de janeiro no Manifesto Bar em São Paulo: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6293/

 

Confira também a resenha do álbum “Espresso Della Vita: Solare” pelo Alquimia Rock Club: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6259/


Confira também a entrevista concedida pelo Maestrick para o Alquimia Rock Club em dezembro de 2016: http://www.alquimiarockclub.com.br/entrevistas/5165/


Confira também a resenha do EP “The Trick Side Of Some Songs” de 2016 da banda Maestrick pelo Alquimia Rock Club: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/4706/ 


Confira também a resenha do álbum “Unpuzzle!” de 2011 da banda Maestrick pelo Alquimia Rock Club: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/4995/

 



André BG



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